Professor Marston e as Mulheres-Maravilhas

Aline Cruz
Professor Marston e as Mulheres-Maravilhas

Provavelmente você já conhece uma das maiores heroínas dos filmes e histórias de quadrinhos: a Mulher-Maravilha. Ela é um ícone feminista e de igualdade de gênero desde que foi criada. Símbolo de paz, força e esperança, ela foi uma das primeiras personagens femininas a ocupar o papel de herói, antes restrito aos homens. Mas existem muitos segredos por trás disso!

O filme “Professor Marston e as Mulheres-Maravilhas”, dirigido por Angela Robinson e disponível na Netflix, conta a história baseada em fatos reais do que inspirou o criador da Mulher-Maravilha a construir essa história e personagem. Além de criar a heroína, Wiliam Marston foi psicólogo e inventor de Harvard, também ajudou a tornar o Detector de Mentiras real. Ele tinha uma relação polígama envolvendo a esposa Elizabeth Marston, psicóloga e inventora, e Olive Byrne, uma ex-aluna que se tornou acadêmica, ambas foram as inspirações para criar a heroína, as características delas juntas a formou.


Censura da história original

A narrativa começa a partir do Marston sendo investigado pelo Código de Autoridade dos Quadrinhos, pela sua obra ser considerada subversiva e inadequada para crianças (período por volta de 1941). O filme inteiro apresenta trechos em que ele é interrogado pelas autoridades em relação à história, alternados com cenas da vida dele, principalmente com a Elizabeth e Olive.

As principais razões pelas quais os quadrinhos foram questionados foi a presença de surras, torturas, bondage, homossexualidade e outras práticas consideradas perversões sexuais na época, além, é claro, o poder concedido a uma mulher, algo que até então não acontecia nem na ficção.


Bissexualidade e amar outra mulher

Antes da censura e dos desafios vivenciados por conta das histórias em quadrinhos, o filme retrata como foi difícil eles viverem a relação que é tão fora do padrão. O julgamento das pessoas fez com que eles perdessem os empregos e até mesmo os filhos sofreram preconceito posteriormente.

O primeiro desafio vivenciado por eles é o amor entre mulheres, algo que na época “não existia” e era considerado totalmente “pecaminoso/pervertido”. Aproveitando que hoje (23/9) é o Dia da Visibilidade Bissexual, é importante ressaltar a bissexualidade da Elizabeth e Olive, já que se relacionam entre si e também com o Marston. Lembrando que para ser bissexual, não é preciso se relacionar com os dois gêneros ao mesmo tempo, apenas ocorre na história pelo tipo de relações que eles tinham.

A relação sáfica (entre duas mulheres), na época era vista como algo impróprio, um dos pontos principais para sofrerem preconceito durante a história e também pelas histórias em quadrinhos serem barradas.


Não-monogamia: a relação a três como forma de viver o amor

O filme trata de forma sensível o amor entre os três, tudo aconteceu aos poucos, a descoberta que um sentia algo pelo outro, ciúmes, até chegar à compreensão de que os três tinham sentimento recíproco e estavam dispostos a vivenciá-lo. Mas não foi uma decisão fácil, como é um tipo de relação que não existe praticamente na sociedade, ainda mais naquela época, eles mesmos ficaram inseguros de que aquilo realmente existia.

Quando enfim começaram a vivenciar, sofreram diversos preconceitos, já mencionados anteriormente, que prejudicaram a família como um todo, afetando carreira e filhos. Uma representatividade também deste tipo de relação que raramente é abordada nos cinemas, ainda mais como algo genuíno e não apenas sexual.


BDSM


Os fãs de BDSM (principalmente bondage) vão curtir também este filme! A corda da Mulher-Maravilha não é um detalhe por acaso, no filme mostra o primeiro contato dos personagens com a tal corda e também com a prática de dominação e submissão, tudo torna a relação deles ainda mais envolvente, assim como as cenas de sexo que apresentadas no filme.

Bateu a curiosidade? Não deixe de assistir e depois conte nos comentários o que achou da obra e se te inspirou a realizar algum desejo ou fetiche por aí! Aproveite para conhecer os acessórios BDSM da Exclusiva, entre outros sex toys que vão te dar muito prazer!

Aline Cruz

Escrito por:

Aline Cruz

Escrita sempre foi um refúgio e uma forma de transformar o que penso em realidade, antes em cadernos, hoje na internet como jornalista e redatora. Escrevo porque guardar tudo para mim seria egoísmo. Também faço teatro, mergulho nas músicas, viajo dentro de mim e também fora: sejam lugares, pessoas, histórias ou teorias.

Comentários

Deixe seu comentário

Posts Relacionados

Sobre a Exclusiva

A Exclusiva Sexshop é a maior rede de sex shop do Brasil, conta com 27 unidades de lojas físicas e uma loja online que entrega para todo o Brasil. Nós somos referência no setor, lugar que conquistamos olhando para o sexo à partir da saúde. Lidamos diretamente com a intimidade das pessoas e, portanto, temos um compromisso com o respeito à diversidade e a tarefa de romper com os tabus que atrasam nossa sociedade quando o assunto é sexo. Selecionamos nossos produtos cuidadosamente para que sua experiência seja confortável e prazerosa, afinal, na Exclusiva Sex o prazer é todo seu!

Newsletter

Ao clicar em "assinar newsletter" você aceita receber as comunicações por e-mail de acordo com a Política de Privacidade.